Roubando Oxigênio
(respiração poética)
Coloco em próclise
(nas prosopopéias dos meus versos)
as propostas loucas da hidrólise
que se faz em deslize feito tombo em exitantes passos
Da afluente escrita
tomo emprestado o elemento
que me serve de fita
quando em feliz lamento
(num sussurro sonolento)
desemboco sempre no laço
que me prega nessa compasso
e me desassegura o cansaço
E no gosto da secura
me des-seco no que dura
no verso que atura
insistente loucura que perdura
infringindo o grito calado
amando no nada o mau amado
Não é ser, é estado
de estar sempre a ser
sem ter restado
um choro calado
chamando a água a beber
chamando poesia a nascer
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