quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Borboletas Pousam nas Arcadas


Fresta apertada
foge uma luz
lâmpada apagada.

Rebrilha um verso
diversão reinaugurada
viagem iluminada
a porta encostada.

Entra no sonho
faz-se morada
tem-se a letra da canção
enfim acabada.

Seria imaginação
ver imagem dos olhos em ação
vontade expandida: realização?

Tem-se no passo distância dos pés
tem-se nos pés a poeira do sorriso
tem-se em tudo o que de mais nada é preciso.

Borboletas borbulham
em azul distam da terra e beijam o céu
Borboletas borbulham
tragando vermelho dos dons
cor de rosa em pastel
Borboletas buscam espaço
e sentem doer nas asas o cansaço!

Vejo de menos cor e vida
gente de asa agradecida
gente de asa acomodada
que pisa no tempo ida pro nada.

Vejo de mais ardor, merecida
passagem de altos em sóis de horizonte
vejo quem veja perto o distante.


Fresta apertada
se abre, devassada
grita prazer, lavada!
Uma lâmpada apagada
vai longe voz antes engasgada
vai grito conseguido
no vôo erguido
na orgulhosa asa escancarada
orhulhosa asa abençoada
por si no sim que se disse a si só.

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